sábado, 16 de maio de 2009

Cada dia como único




Só por hoje, não me irrito.

Só por hoje, não me preocupo.

Só por hoje, sou grato.

Só por hoje, trabalho arduamente.

Só por hoje, sou bondoso.

João Carlos

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Como vim aqui parar?


Duvidar de mim mesma, tudo começou assim com uma simples dúvida. Noites passadas em branco por sonhar acordada. O medo de fechar os olhos e acordar era grande demais, e por isso deitei-me noite após noite num silêncio branco.
Sentir que algo tão errado poderá estar tão certo em mim, assusta-me. Assusta-me as circunstâncias e as cicatrizes do tempo, sinto que neste momento tenho o corpo todo marcado. Marcas invisíveis como costumo dizer para mim mesma, e se me perguntares se são muitas, não te conseguirei responder. O medo de saber o número exacto assusta-me, faz de mim alguém já demasiado marcada em tão pouco tempo. Por cobardice, simplesmente finjo que não as vejo. Acordo todos os dias a pensar que não pensarei, mas serei assim tão inocente para pensar que consigo fugir? Olham para mim e dizem, és uma guerreira. Eu olho de volta e penso, não passo de um conto de fadas.
Arriscar sem ter chão onde cair é apenas um salto para o desconhecido. Ficar parada por ter medo de saltar não faz parte de mim. E como tal, já caí tal como tu.
Ainda agora a contar a história, não consigo evitar um sorriso tão esperançoso traçado no meu rosto. Sinto como se tivesse a quilómetros de mim, demasiado longe para meu próprio bem.
E agora, mais uma noite em branco a sonhar... malditos vícios que me controlam a vida.
Como vim eu aqui parar? Como não me reconheci quando vi meu próprio rosto numa noite fria junto ao rio? Corpo cansado, corpo abandonado...
Enquanto escrevo, mergulho tanto em mim que esqueço o que me perturba. Entro no estado que gosto de chamar "Ego-Me". Escrevo por amor, mas a escrita também é minha escrava. Refugiu-me em palavras que tenho medo de dizer. Cito frases antigas de grandes poetas para conseguir sonhar tão alto quanto eles. Narro um história vulgar como a minha por entre linhas. Crio uma vida, descrevo um pormenor, pinto amantes...
E no meio do saber não sei o que faço eu aqui. Não quero acordar todos os dias perdida entre ruas e cafés. Enquanto escolho o meu destino, passo mais uma noite em branco a narrar por entre linhas.
Preciso de preencher o vazio de um papel branco e as ruas desertas. Sou o pedaço de papel voador em dias ventosos, sou um conto de fadas ao olho comum.
Diana W.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Balada ao Douro



Choro por quem me ama...

*Semper per omnia tempora, Salve Literae praxis laudat*

Diana W.