sexta-feira, 30 de abril de 2010

Rascunho para Publicação *


" O meu Herói diz - Fuck You - "


Diana W.

* rascunho de capa e título para o meu 2º livro

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A "Força" Escondida

Só espero por uma palavra.
Quando me sinto uma peça de encaixe de algo indeterminado, afastado e sozinha, deito-me e revejo-me. Tudo toca e tudo foge com o medo de ser irrecuperável e negável. Temo. Temo por tudo que parece cada vez mais passar do possível para o céptico.
É tão simples, demasiado simples desaparecer com todo o incerto. Basta uma amostra. Basta um gesto para retirar toda a minha escuridão. Queria tanto ouvir...
(Conquista incerta)
Diana W.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Recusa de deitar no Chão


Eu não sou tu, sou eu.
Sou a que não dorme no escuro
E que escreve em papel.
Sou demasiado pensar e repensar,
A que aguarda por mais.
Não, eu não sou mais uma.

Sou a que se olha ao espelho
E vê para além de reflexos,
Para além de olhos negros,
Noites mal dormidas,
Roupas grandes e multicolores.
Sou pequenina na Era dos grandes
Da projecção do que deveria ser,
Não, eu não sou eu.

Sou notas soltas na melodia,
Sem destino no sentido.
Partitura inacabada do músico,
Versos brancos de um fluído destino,
Sou a que escreve história
E pinta seus caminhos.
Não, eu não sou o demais.

Não me olhem como vida,
Nem como sábia de frases feitas.
Sou a que fala sem parar,
Não por ter muito para dizer,
Mas por não querer silêncios.
Sou a que usa música para os momentos,
Sou a que pára para olhar
Para meu relógio usado e abusado.
Aí, se esse relógio me deixasse...
Não, eu não sou nada.

Sou muito entre muitas,
Mas eu não sou uma.
Sou eu. Eu quem escreve.
Eu quem deseja sem saber o que desejar.
A que acredita no fantasma dos espíritos,
Nas nossas almas corrompidas dos dias
Da dor, da insatisfação e até do amor.
Não, eu não sou uma.

Se sonhar me cortasse em bocados,
Esta cama pura de cor branca,
Seria feita perante ti
Da minha carne espalhando
A cor aveludada do carmim.
E nela ficaria deitada, quieta e sossegada.
Não, tudo que me faz ser, em tudo o que sou.
Não, eu não sou mais uma,
Não, eu não sou uma... Sou a tal!

(Olha-me da mesma forma)
Diana W.