terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Ideal vs Real?

" O Amor, deverá ser Ideal ou Real ? "
Queria eu amar platonicamente…
Esse amor, esse sentimento tão puro e sublime. Apenas quem o vive, sabe o seu sabor. É impossível compreender alguma coisa sem realmente amar desta forma única. Se pudesse fazer uma equação matemática onde se escrevia o amor, tudo seria mais fácil. Poderia mudar o X e Y, mas teria sempre uma solução.
Amar é, possivelmente, o sentimento mais humano que temos. Outras emoções como o ódio e o ciúme, e até talvez o amor, também se manifestam em alguns animais. Mas o amar é a sublimação das emoções.
Amar é uma espécie de embriaguez da alma, estado este facilmente detectado pelas restantes pessoas em nossa volta. Estar apaixonado é uma mistura de felicidade e de angústia ao mesmo tempo, também uma obsessão, que chega a fazer desaparecer todos os nossos outros pensamentos, mas também é a sublimação das emoções.

“Com efeito, as pessoas a quem me refiro, os amantes, acabam por se arrepender das complacências que manifestaram, logo que hão saciado o seu desejo, enquanto que as outras, as que não amam, jamais têm motivos de que se arrepender.O desejo que, desprovido de razão, atrofia a alma e esmaga o prazer do bem, e se dirige exclusivamente para os desejos próprios da sua natureza, cujo único objectivo é a beleza corporal, quando se lança impudicamente sobre ela, comporta-se de tal maneira que se torna irresistível, e é dessa irresistibilidade, dessa força destemperada, que ele recebe a denominação de Eros, ou de Amor…”

“ (…) vislumbra um rosto divino ou qualquer outro objecto que traga a recordação da Beleza, ou um corpo formoso, esse experimenta primeiramente uma espécie de tremor e, depois, uma certa emoção, semelhante à de outrora. Nessa altura volta o olhar para o objecto belo que assim o despertou, e venera-o, como se de um deus se tratasse. Nestas circunstâncias, não fosse o receio de ser considerado como um mono maníaco, cumularia de homenagens o objecto bem-amado, como se de um deus se tratasse! No momento em que o contempla, é percorrido por um estremecimento febril pois que, uma vez recebida pelos olhos a emanação da beleza, sente-se aconchegado e essa emanação dá a vitalidade à asas da sua alma. Por sua vez, o calor funde os obstáculos que impediam a expansão da vitalidade, aquilo que impedia a germinação, em virtude da sua dureza.”

´
Muitas vezes ficamos com a ideia que estas questões de amor, são tragédia constante. Não há finais felizes. Sempre à espera da morte do amor, mas se têm final feliz ou não, também não me interessa isso. Não quero falar do amor aqui como algo negativo porque, estaria errada. Bem ou mal, mesmo que tenhamos sofrido com tais coisas, temos de agradecer cada dor no coração que nos deram porque, isso fez de nós quem nós somos hoje. Mais fortes. Mais resistentes. Por isso, não condeno quem o faça. Aliás, deixo aqui um agradecimento profundo a quem já me fez sofrer. Obrigado por me ajudarem a ser quem sou hoje.
Obrigado!
Aquele que nunca amou, nunca viveu.
Quem nunca amou, mais do que quem amou e se desiludiu, como que fica com a alma “seca”, o que o rosto e os olhos traduzem quase sempre.
Eu posso orgulhosamente dizer ... que por amar, vivi.



João Carlos

Sem comentários: