sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Para "Sempre" e até "Nunca"



Chegamos, sentam-se e ouço.
Sinto as vozes que me rodeiam
Atirar palavras sem sentido.
Tudo que dizem não passam de palavras
Espalhadas no meu ar fino.

Que certezas tenho eu no meu sentido?
Quantas vezes já questionei,
Quantas vezes já preguei,
Quantas vezes já choquei,
Para realmente perceber
Que nada é tão inútil como um "Nunca!"
Que nada é tão fútil como um "Sempre!"

Que certezas tenho eu na minha razão?
Quantas vezes me ceguei com ela,
Me arranhei e arrastei por ela
Quando apenas precisava de ouvir,
Perceber o outro lado dela.
Torna-se tão fraco quanto eu.
A vida não tem só um caminho,
O destino não tem só um desvio,
Tal como as certezas de uma certeza.

Aceitamos de olhos abertos
O beijo de circunstâncias,
Sem questionar, sem duvidar.
Isso será para alguns,
Mas "Nunca!" para mim.
Prefiro me perder em mim
Nesses caminhos em pó.
Quero pensar e duvidar
Duvidar do induvidável,
Isso "Nunca!" será para alguns,
Mas será para mim "Sempre!"


João Carlos

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